Quando eu
era adolescente adorava copiar versos de poemas e músicas em papéis de carta,
especialmente aqueles que se referiam ao amor e à felicidade. As letras
das músicas de Roberto Carlos, de Chitãozinho e Chororó e de Alcione
predominavam em minha coleção de papéis de carta, pois eu gostava de ler as
letras das músicas dos LPS que minha mãe possuía. As músicas da banda Legião Urbana, Nenhum de Nós,
Kid Abelha e do grupo Roupa Nova também me encantavam. Costumava
cantarolas em casa e quando as memorizava, passavam a fazer parte dessa
coleção. Tive algumas experiências com livros ainda. Minha mãe possuía algumas
coleções de poemas e canções de Vinicius de Moraes. Entretanto, a linguagem de
Vinicius de Moraes era um tanto sofisticadas para o meu nível de português na
época. Mesmo assim, acrescentei algumas de suas canções em minha coleção,
como A felicidade e Minha namorada. Os livros trabalhados nas
aulas de português durante os antigos ginásio e colegial também despertaram meu
interesse pela literatura. A marca de uma lágrima e A droga da
obediência de Pedro Bandeira eram os meus favoritos, uma vez que eu me
identificava bastante com os protagonistas dessas histórias. Aliás disso, alguns
dos poemas escritos por Isabel, personagem principal de A marca de uma
lágrima, integravam minha coleção de poemas. Há ainda O seminarista de
Bernardo Guimarães, Lucíola de José Alencar e O Primo Basílio de
Eça de Queiroz que me fizeram chorar quando os li pela primeira vez.
Andréa Miranda
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